sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O Amigo da República


Era uma noite qualquer e meu avô paterno, habitante de Congonhas do Campo/MG, estava dormindo, pois às 5:00 hs acordaria para ir para a fazenda como fazia todo santo-dia. Cerca de 7 anos atrás, um amigo meu, Victor, conseguiu realizar um de seus sonhos: entrar na faculdade. Ele morava em São Paulo, e entrou na Unesp de Bauru. Como as cidades são distantes, Victor teve que ir morar sozinho em Bauru. Lá chegando, conheceu outras pessoas em situação semelhante a sua, e juntos, fizeram uma república. Eram 6 rapazes morando juntos. No início, muitas festas, bebedeiras, etc. Apenas um dos moradores da república ficava de fora do agito, seu nome era Pedro. Um dia, Pedro disse que ia sair com uma garota da faculdade, mas não quis dizer quem era. Depois desse dia, ele nunca mais voltou a república. Os amigos, preocupados, buscavam pelo amigo em delegacias e hospitais. Eles não conheciam nenhum parente de Pedro. Passaram-se algumas semanas e os amigos desistiram de procurá-lo. Um mês depois do ocorrido, com todos os moradores da república assistindo televisão, um computador se liga sozinho, sem mais nem menos. Mas não era qualquer computador, era o computador de Pedro. Algum tempo depois, um homem vem até a república, se identifica como pai de Pedro e disse que veio buscar seus pertences. Então Victor, meu amigo, pergunta: -O que aconteceu com Pedro? O homem responde: - Ele morreu, foi encontrado em Santos, sua cidade natal. Victor retruca: - Ué, mas Pedro sempre disse que ele era de Barretos... - Realmente - disse o homem - ele achava que era de Barretos, mas ele não sabia que era uma criança adotada, eu o peguei em Santos, com uma prostituta que é sua mãe biológica e o registrei como meu filho e de minha esposa... Nós nunca contamos isso a ele... - Puxa... disse Victor - E o pior, ele foi encontrado morto em frente a casa onde a prostituta morava... com a garganta cortada... os policiais não sabem se foi suicídio ou assassinato...


Escrito por: Fábio Santos




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