segunda-feira, 21 de setembro de 2015

ME PUXARAM O PÉ


Apesar de essa não ser a única coisa nesse estilo que aconteceu comigo, foi a mais marcante. Eu sempre vejo ou ouço algumas coisas estranhas, mas nunca passou disso. Até essa noite.

Eu estava deitada na minha cama já fazia algum tempo, mas ainda não estava dormindo, mas já estava quase lá. Estava naquele estado de semi consciência. Então ouvi um barulho no meu quarto que acabou me "acordando". Parecia ser de alguém respirando, o que era estranho, já que eu dormia sozinha. Eu acendi um abajur que tinha do lado da minha cama, mas não tinha ninguém no quarto, só eu. Eu fiquei em silêncio mas não consegui ouvir mais nada. Achei que estava imaginando coisas, então apaguei a luz e voltei a dormir.

Pouco tempo depois, quando estava quase dormindo de novo, eu ouvi um barulho de alguma coisa caindo no chão do meu quarto. Com o susto eu acendi a luz correndo e vi a minha mochila da escola no chão, aberta com os meus livros e cadernos espalhados pelo chão. O que eu estranhei é que a minha mala já estava no chão, só que fechada. Eu achei que o meu irmão tinha entrado no meu quarto para pegar alguma coisa nela e quando foi embora simplesmente jogou ela no chão aberta. Eu levantei para ir brigar com ele, mas quando eu tentei abrir a porta, ela ainda estava trancada. Eu fiquei meio confusa com isso, mas estava tão cansada que resolvi que no dia seguinte eu tentaria imaginar o que tinha acontecido.

De novo eu voltei para a minha cama e voltei a tentar a dormir. Foi então que eu levei um baita susto. Quando estava quase dormindo, eu senti alguém agarrar os meus tornozelos. Eu soltei um grito e tentei acender o abajur de novo, só que ele estava fora do meu alcance, e o que quer que tinha me agarrado, estava segurando forte, quase me machucando. Eu tentei dar um tapa onde eu achava que o meu agressor estaria, mas não tinha nada lá, a minha mão só passou pelo ar a acertou a parede.

O grito que eu soltei deve ter chamado a atenção da minha família, pois o meu pai estava batendo na minha porta perguntando o que estava acontecendo. Quando ele começou a bater na porta, o que estava me segurando me soltou e eu consegui acender o abajur. Para o meu espanto (e alívio) eu estava sozinha no meu quarto. Eu abri a porta e sem saber o que falar para o meu pai, falei que tive um pesadelo e gritei assustada, mas que já estava tudo bem. Ele entrou no meu quarto, olhou em volta e saiu me dando um beijo de boa noite.

Eu ainda estava assustada, mas não sabia o que falar para a minha família sem parecer que estava doidona, então fiz uma busca pelo meu quarto, que não é muito grande. Só abri os armários, olhei em baixo da cama e embaixo da escrivaninha. Não achei nada de anormal. O que quer que fosse que tinha me agarrado, já não estava mais lá. Mas ainda estava um pouco (mais para um muito) assustada, então deixei a luz do abajur acesa e fui dormir.

Nada mais aconteceu naquela noite, mas já cheguei a ouvir aquele som que parece uma respiração de novo. Algumas vezes eu noto algumas coisas no meu quarto que não estão onde eu deixei, e já cheguei a ver um vulto lá dentro uma vez quando passa em frente a ele enquanto ia da sala para o banheiro e a luz estava apagada. Mas foi só isso. Nada tão dramático chegou a acontecer de novo lá, e eu espero que nunca aconteça.

 Relato Feito por Adriana de São Paulo

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