domingo, 6 de outubro de 2013

Evento Sobrenatural

Sou o segundo irmão mais velho de uma família de oito irmãos, pois bem, a história que vou lhes contar, aconteceu quando eu ainda era criança, penso que estava entre oito e nove anos de idade a época (atualmente estou com 39 anos), na ocasião, morava em um bairro periférico de Manaus chamado de Redenção, junto a nossa casa, morava uma família muito grande (irmãos, primos, sobrinhos, tios, netos, parentes e aderentes) todos juntos em terrenos colados uns aos outros, alguns dos membros desta família eram pessoas viciadas em bebida alcoólica, e quando eles tiravam um “dia para beber”, era quase certo que a bebedeira iria terminar em pancadaria entre eles mesmos.
Em uma destas brigas familiares corriqueira, era um dia de domingo e após um dia inteiro de bebedeira, começaram a brigar entre si por volta das cinco horas da tarde, já era noite e a confusão ainda não havia terminado, nesta noite, meus pais foram à igreja e eu fiquei tomando de conta da casa e de meus irmãos mais novos, a casa de meu pai, na época, era de madeira, inclusive o assoalho que era montado encima de barrotes, a arquitetura da casa possuía quatro cômodos, uma sala, um longo corredor que percorria a extensão da casa e acabava na cozinha que era a parte dos fundos da casa e que fazia frente com os nossos queridos vizinhos problemáticos.
Para quem já morou em casa de madeira, com chão de assoalho, sabe que até o fato de andar normalmente dentro de casa, provoca ruídos e é impossível não ser percebido sua aproximação em razão do barulho.
A casa estava toda trancada e eu e meus irmãos estávamos reunidos na sala, formando um círculo e conversando alegremente, apesar da confusão está rolando solto no quintal ao lado, (escutávamos os gritos dos envolvidos na briga de dentro de casa).
De repente, alguém deu uma “pesada” tão forte na porta da cozinha (que era o fundo da casa e nós estávamos na parte da frente da casa, na sala) que a porta arrombou e bateu com muita violência na parede, o barulho foi tão alto que todos nós, a um só coro, gritamos aterrorizados, então passamos a escutar os passos de alguém correndo pelo corredor da casa em direção a sala, onde nós estávamos. Como que automaticamente nos viramos ao mesmo tempo em direção ao corredor para ver quem iria aparecer, só que ninguém apareceu, então um começou a empurrar o outro para que fosse ver o que havia acontecido, como ninguém se habilitava, o jeito foi eu mesmo ir ver o que tinha acontecido, e para nossa surpresa, a porta da cozinha estava devidamente fechada e não havia ninguém dentro de casa, além de nós. O fato simplesmente não havia acontecido, pelo menos não fisicamente.

Relato de: Manoel Rosa

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