sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Batidas fortes na porta da cozinha

Isso foi em 1990 eu tinha 6 anos e tinha acabado de me mudar com meus pais para a cidade  onde moro atualmente, Barretos. As coisas estavam difíceis porque meu pai acabara de arrumar um trabalho. Fomos morar em uma casa num bairro ótimo daqui, mas eu não gostava da casa era antiga e não tinha muros, dava um pouco de má impressão. Mas tinha um quintal bem grande com árvores de goiaba e jabuticaba. 
A duas casas da minha morava uma senhora muito estranha, eu tinha pesadelos quase todas as noites com ela, sonhava que minha mãe ia trabalhar e me deixava com ela para cuidar de mim, eu corria dela o sonho  inteiro porque ela tentava me matar, quando ela ia me pegar minha mãe chegava do trabalho... Olha a imaginação!!! Mas os vizinhos falavam que era uma boa pessoa, só era solitária...
Depois da escolinha eu passava o dia todo brincando. Uma tarde, fuçando lá no fundo eu notei que no chão tinha umas velas derretidas e eram vermelhas, mas estavam bem sujas de terra. Nem liguei e nem falei nada para os meus pais... Mas comecei a notar que apareceram outros restos de velas e eram mais novas e com frequência aparecia. Então chamei minha mãe e mostrei a ela. Quando meu pai chegou do trabalho ouvi minha mãe falar que não gostava daquela casa, que se ele não mandasse pelo menos fazer muros ela ia embora comigo, uma coisa assim...
Meu pai mandou fazer muros e colocou portão. Nunca mais vi as velas no quintal, mas de madrugada começou outra coisa estranha...
Eu acordava com batidas na porta da cozinha, e batidas fortes. Eu levantei uma noite e vi que o trinco da porta até tremia com as batidas. Saí correndo para o quarto e chamei minha mãe e as batidas pararam. Eu sempre acordava com as batidas e chamava meus pais e eles nunca ouviam. Quando eles acordavam parava. Isso foi umas noites seguidas depois parou e agente se mudou de lá, na mesma rua mas no quarteirão de baixo.
É isso gente... bjsss!

Relato de: Patrícia Novaes

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