quinta-feira, 30 de maio de 2013

A Noiva na Mata



O que sente uma alma quando lhe tiram aquilo que mais ama?
Esta é uma lenda bem antiga, oriunda do município de Palestina, interior do estado de São Paulo, uma lenda que nos remete a muitas outras histórias, onde a dor e a frustração resolvem mostrar-se presentes justo no momento mais importante na vida de duas pessoas.
Contam os antigos que neste município moravam dois jovens extremamente apaixonados um pelo outro, ambos sonhavam formar uma vida a dois, pondo em pratica toda a alegria que é a de viver em casal; alegria perfeita se não fosse pelo simples fato de serem membros de famílias rivais.
Todos eram contrários a união, principalmente os pais, todavia o amor dos jovens parecia crescer a cada dia mais. 
Movidos por uma vontade incontida de sentirem juntos o sabor da felicidade, resolveram casar-se, e mesmo sem o consentimento da família; planejaram de maneira secreta como tudo seria.



Iriam até a cidade mais próxima que era São José do Rio Preto e lá, quase que às pressas chegariam trajando suas vestes matrimoniais e consolidariam de maneira simples aquela doce e tão almejada união. O jovem partiu primeiro ate São José, enquanto sua amada em uma região mais afastada da cidade vestia seu singelo, porem tão especial, vestido de noiva. Junto a um amigo do casal a jovem partiu de carona até o encontro de seu amado, no entanto a vida muitas vezes parece ser cruel, justo no meio do trajeto o veículo apresentou algum problema e o motorista resolveu verificar, para caso lhe fosse possível pudesse consertar o automóvel, a jovem já muito impaciente resolveu também sair, e por um segundo de distração, não notou uma carreta que vinha em altíssima velocidade. Relatos da época deixam claro que o impacto fora tão violento que todo o vestido da jovem tingiu-se de rubro sangue.
Desde o trágico acidente, muitos dos que passam próximo a localidade onde a jovem sofrera o acidente, relatam avistar uma figura fantasmagórica trajando um vestido de noiva, manchado em sangue, prostrada segurando firmemente seu buque de noiva, esperando ainda hoje por seu amado.

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